segunda-feira, 16 de setembro de 2013

8 maneiras de aproveitar os cantinhos embaixo da escada

ASSUNTO: Dicas

Créditos: Texto Roberta Akan Reportagem Visual Tatiana Guardian e Verônica Naka (assistente) Fotos Marcos Lima

Embaixo da escada pode haver lavabo, adega, canto de trabalho ou qualquer espaço útil. Se a altura disponível ultrapassar os 2 m, dê asas à imaginação! “Caso seja inferior, é recomendável adotar apenas prateleiras ou armarinhos, a fim de evitar cabeçadas”, afirma a arquiteta Flávia Portela. E não exagere na ambientação: “A escada tem força arquitetônica por si só, então o bom resultado pede que a composição expresse leveza”, ensina a arquiteta Mariana Cecchini.

Uma profusão de espelhos variados enfeita a parede. Para completar o conjunto, há duas cadeiras e um descolado criado-mudo com uma luz de leitura. Detalhe original, o verso de cada degrau exibe uma esculturinha de arame feita pela designer Ana Moraes. Entre as palavras moldadas no metal, aparecem "amor" e "relax". A ambientação acolhedora fica na loja paulistana Coisas da Doris, instalada em um sobrado de vila, mas poderia estar em qualquer casa.

Seguindo o modelo da dica acima, a Romã tem muitas opções para você decorar seu cantinho debaixo da escada

Espelhos Rei e Rainha

Quadro com pingente



Quadro com pingente coração




Conexão entre a casa e o estúdio de um cantor, a estrutura de ferro vermelho tem ares esculturais, destacando o cantinho abençoado pela imagem de Buda. O jardim, montado em três dias pela Verdejante Paisagismo, de São Paulo, reúne plantas adequadas à sombra, como a arália (Aralia elegantissima), rente ao muro, e o pacová (Philodendron martianum), à frente. Placas de concreto formam um caminho, enquanto um delimitador plástico separa a gramade- são-carlos dos seixos de rio (todos os itens são da Cristiane Rodrigues Pedras e Decorações). Almofadas (Stilo Ásia) emprestam cor ao banco restaurado.



Ele era essencial no sobrado com um só banheiro. E por que não sob a escada? "Aquele canto era um depósito de entulho!", conta a moradora, Cláudia D’Orey. Como na porção central da área de 0,90 x 1,50 m o pé-direito mede 1,77 m no mínimo, não se bate a cabeça nos degraus. Para prolongar a rede de água e esgoto, Cláudia contou com as dicas de dois amigos arquitetos. O branco predomina a fim de trazer claridade. Está na pintura e nas louças compactas (a pia tem apenas 43 x 23,5 cm!). A exceção fica com o piso, um porcelanato que imita madeira. Quatro furinhos no verso da escada e da porta permitem um mínimo de ventilação.



Onde está o quadro de luz? Um módulo de chão e outro suspenso brincam com a volumetria sob os degraus vazados, protegidos pelo guarda-corpo de inox e vidro. A arquiteta paulistana Flávia Portela criou ainda o armarinho espelhado que esconde o quadro de luz e organiza chaves. "A parte inferior é somente decorativa." O rasgo vertical na parede (15 x 15 x 90 cm) virou luminária, com lâmpada dicroica embutida.


Durou pouco a ideia de transformar a área aberta para a sala em armário: "Preferi montar meu canto de trabalho em casa. Aqui pesquiso em revistas e livros e faço minhas colagens", conta a decoradora Luciana Colesanti. Na parede, apenas as molduras pesadas estão em pregos, a exemplo do espelho e das fotografias - como a que mostra a avó de Luciana vestida de noiva. "Primeiro organizo as peças no chão, para só aí furar onde for preciso", ensina. Depois vêm postais, desenhos, uma folha seca... Todos com fita adesiva. Resgatada do lixo, a cadeira de plástico recebeu tinta spray Suvinil, linha Multiuso. Para recuperar a mesa antiga, a decoradora paulistana lixou o móvel e passou tinta acrílica semibrilho.



Longe de ser mera consequência, a área sob a escada foi concebida como parte do todo na casa. No projeto da arquiteta Maria Fernanda Rodrigues, de São Paulo, o guarda-corpo leva peças roliças de madeira cumaru, dispostas na vertical. "Quis inovar!", conta. Já os degraus são de concreto armado revestido de limestone mont charmot (NPK), um tipo de pedra calcária. Um dos degraus, a 45 cm do chão, foi prolongado para se tornar um aparador (2 x 0,75 x 0,11 m*). Assim como os demais, sustenta-se em vigas embutidas nas paredes. A prateleira é resistente o bastante para suportar uma TV, por exemplo. 



"Seria desperdício não usar esta área", diz a arquiteta paulistana Mariana Cecchini sobre o vão de 0,75 m de profundidade e 1,40 m de largura máxima. Como precisava de lugar para os livros do morador, Mariana desenhou um móvel adequado (1,30 x 0,75 x 0,45 m). A arquiteta deixou a base branca, valorizando-a com lambris na parede lateral. E, na superfície do fundo, usou um tom de mostarda (ref. 20yy51306, da Coral). Para acentuar as linhas geométricas, destacou os degraus com tábuas de cumaru. A ausência de guarda-corpo atenua a robustez da escada - mas põe em risco a segurança. Por isso, opte por um balaústre discreto caso deseje uma solução parecida. 



O espaço era ideal para receber a adega climatizada. "Fica perto da sala de jantar e de um móvel com copos", conta o autor do projeto, o arquiteto Marcos Biarari, sócio de Marcos Contrera. A solução foi puxar um ponto de energia até o local e fechar parte do vão com um painel de madeira, que emoldura o eletrodoméstico de 64 x 57 x 54 cm. Além de terem deixado uma área livre ao redor do aparelho, os arquitetos paulistas o puseram sobre um calço 16 cm acima do piso, tornando o acesso mais confortável.








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